A ANAMT divulgou uma nota alertando sobre os riscos da realização de festas de fim de ano e carnaval no combate à Covid-19. O texto, assinado pela presidente Dra. Rosylane Rocha e diretora de Ética e Defesa Profissional, Dra. Walneia Moreira, explica que, apesar do avanço da vacinação pelo país, a pandemia não está totalmente controlada. O texto na íntegra está disponível abaixo:
ANAMT alerta para risco de aglomerações no fim de ano e carnaval
Considerando todas as dificuldades e perdas vivenciadas em período recente e considerando que, infelizmente, a COVID-19 não está controlada em virtude das novas variantes;
E diante da proximidade de datas que tradicionalmente provocam aglomerações, como fim de ano e carnaval, a Associação Nacional de Medicina do Trabalho – ANAMT vem a público alertar os gestores públicos estaduais e municipais:
• A Pandemia não está totalmente controlada e já apresenta uma nova variante (Ômicron) em território brasileiro.
• O avanço da vacinação possibilitou que o Brasil melhorasse seus indicadores, mas até o momento não sabemos exatamente como será o comportamento dessa nova variante em relação aos indivíduos vacinados.
• Embora a média móvel de óbitos, que ultrapassou 3 mil em abril de 2020, esteja há 30 dias abaixo de 300, isso ainda significa que há centenas de óbitos diários por COVID-19, e atualmente a média de novos casos da doença ultrapassa a marca de 9 mil infectados por dia.
• Não desejamos voltar para o cenário crítico de milhares de mortes diárias.
• Após 20 meses de pandemia, médicos, enfermeiros e demais trabalhadores da saúde não têm mais condições físicas e nem emocionais para darem suporte e atendimento à população em mais um período caótico – sobretudo em um cenário de menor estrutura de atendimento, já que hospitais de campanha foram desativados.
• As medidas de prevenção não farmacológicas conhecidas são o distanciamento social e o uso de máscaras, o que é incompatível com as festas de final de ano e carnaval.
• Os gestores públicos têm em mãos a possibilidade de regular tais celebrações, proibindo eventos públicos, que fomentam a concentração de pessoas que, inevitavelmente, abrirão caminho para maior circulação do vírus.
• A população está sofrendo com traumas vários oriundos da Pandemia: luto, desemprego, cronificação de doenças e sequelas da COVID-19.
• A crise econômica é uma realidade mundial.
• É inadmissível que gestores públicos realizem ou autorizem a realização de festas públicas de final de ano e carnaval.
Dra. Rosylane Mercês Rocha
Presidente da ANAMT
Dra. Walneia Moreira
Diretora de Ética e Defesa Profissional da ANAMT
