Novembro Azul marca as campanhas para alertar a população masculina sobre prevenção do câncer de próstata, o segundo mais comum entre os homens, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Diagnosticada precocemente a doença tem 90% de chances de cura, aponta a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). A iniciativa, no entanto, tem também um propósito mais amplo – o de conscientizar os homens sobre outras doenças e tumores que os atingem.
O Novembro Azul surgiu em 2003, na Austrália, aproveitando as comemorações do Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, no dia 17 do mesmo mês. No Brasil, o Novembro Azul foi criado pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, em 2011, tendo como inspiração o movimento australiano bigode/novembro (Moustache/Novembro) com o objetivo de quebrar o preconceito masculino de ir ao médico. Outra inspiração foi a campanha internacional Outubro Rosa, para o câncer de mama.
Nesse período de pandemia da Covid-19, o Brasil registrou queda de 70% das cirurgias oncológicas e redução de 50% a 90% das biópsias enviadas para análise, estimando-se que entre 50 mil a 90 mil brasileiros deixaram de receber diagnóstico de câncer nesse período, incluindo o câncer de próstata.
Segundo estimativas do Inca, o país deve registrar 65.840 novos casos por ano entre 2020 e 2022. Observa-se risco aumentando para a população a partir dos 50 anos de idade, histórico de pai e ou irmão com a doença antes dos 60 anos, alimentação com excesso de gordura animal, sedentarismo, entre outros. De forma geral, é considerado um câncer da terceira idade, sobretudo porque 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.
O câncer de próstata não evoluiu de forma única no paciente. Alguns tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos, com risco de morte. A maior, no entanto, cresce de forma muito lenta, sem dar sinais durante a vida e sem ameaçar a saúde do homem, conforme informações do Inca. É fundamental o diagnóstico precoce para um tratamento adequado e salvar vidas.
