Tristeza, ansiedade, culpa, desesperança, perda de interesse, choro excessivo. O contexto das condições de trabalho, o ambiente laboral e o impacto disso para as pessoas pode ser um dos fatores para o desencadeamento de transtornos mentais e comportamentais, tema abordado com frequência pela ANAMT e que também deve ser lembrado no dia 10 de outubro, dia Mundial da Saúde Mental.
Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), 5,8% dos brasileiros (cerca de 12 milhões de pessoas) têm depressão, doença psiquiátrica mais prevalente no Brasil. É a maior taxa da América Latina e a segunda maior das Américas, atrás apenas dos Estados Unidos. Estima-se que entre 20% e 25% da população teve, tem ou terá a doença. A ansiedade, por sua vez, afeta 9,3% dos brasileiros, tornando país o primeiro entre os países com mais ansiosos do mundo
No âmbito do trabalho, os transtornos mentais e comportamentais são a terceira causa de incapacidade para o trabalho, correspondendo a 9% da concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, de acordo com dados do 1º Boletim Quadrimestral sobre Benefícios por Incapacidade (Secretaria de Previdência/Ministério da Fazenda/2017). A depressão é a principal causa de pagamento de auxílio-doença não relacionado a acidentes de trabalho, representando 30,67% do total. Nesse contexto, aspectos como risco de desemprego e assédio moral institucionalizado estão entre os fatores de risco para casos dessa natureza.
