Origens históricas e organizacionais do desastre da barragem do Córrego do Feijão

RESUMO

A ocorrência de desastres feitos pelo homem, como as rupturas de barragens de rejeitos de empresas mineradoras, levanta inúmeros questionamentos. É o caso da barragem de Brumadinho, operada pela Vale, que se rompeu em 25 de janeiro de 2019. Pretende-se neste ensaio, apoiados no Modelo de Análise e Prevenção de Acidentes (MAPA), elencar questões que merecem ser consideradas na investigação em profundidade do desastre. Seguindo os quatro eixos do método — análise do funcionamento normal, análise de barreiras, análise de mudanças e ampliação conceitual —, pretende-se buscar entender as dimensões humanas, tecnológicas e organizacionais do desastre. Não parece aceitável investigação que se restrinja às explicações técnicas para a ocorrência da ruptura da barragem. Neste caso, a análise precisa esclarecer os processos de decisão tomada em diversos níveis da empresa que culminaram com a possível normalização de desvios e migração do sistema para acidentes. A influência da empresa sobre os órgãos de controle e fiscalização demonstra a fragilidade do modelo brasileiro de prevenção de desastres.

Palavras-chave: saúde pública; desastres provocados pelo homem; acidentes de trabalho; mineração.

Leia o artigo na íntegra no site da Revista Brasileira de Medicina do Trabalho (RBMT).

Por |2019-07-08T11:09:52-03:008 de julho de 2019|Artigos|Comentários desativados em Origens históricas e organizacionais do desastre da barragem do Córrego do Feijão